No ritmo do coração
- Roberto Mendonça Maranho
- 9 de out.
- 2 min de leitura

Na época da faculdade, um dos melhores momentos era quando eu tocava na bateria. Um grupo de cerca de vinte pessoas que em alguns momentos chegava a mais de trinta e se reunia com instrumentos de percussão como surdos, caixas, taróis e tamborins.
O objetivo era animar as partidas de diversos esportes nos jogos universitários, as mesmas variavam entre samba, funk e maracatu. Sem contar com diversos comandos dados pelo Mestre de Bateria em seu instrumento que eram respondidos pelos percussionistas.
Relembro que, estar nas arquibancadas dos ginásios e campos de futebol, no meio da torcida, tocando e vibrando era uma sensação incrível! A bateria era o coração dos jogos, o ritmo da torcida e o incentivo dos atletas.
Depois da faculdade, esse prazer não estava mais disponível. Por anos, nos momentos de sono profundo, vinham sonhos em que estava nas arquibancadas com uma caixa, ou um surdo, pronto para tocar. Em alguns destes sonhos, estava tocando com os demais integrantes. Isso se repetia de tempos em tempos.
Agora em 2025, o sonho tornou-se realidade. Fiquei sócio do Montanhês Clube em Ouro Fino - MG e logo surgiu o projeto de percussão do clube em parceria com a Reais Raízes, antiga escola de samba da cidade que encerrou suas atividades há muitos anos e tem agora sua retomada.
Ainda somos um grupo pequeno, mas cheio de energia, composto por alguns integrantes experientes e outros iniciando seus aprendizados com muito boa vontade. Desse modo, as noites de segunda e quinta-feira transformam-se em muito samba e alegria.
Que venham muitos dias de ensaio, apresentações e o grande momento do Carnaval. E que não pare por aí, pois a música merece preencher o ano todo, completando espaços e preenchendo corações.
(Roberto Mendonça Maranho – 09/10/2025)
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